Antes de mais nada


8 de abr. de 2011

Aquilo que não tem um nome

Chamaria de platônico se não desejasse,
socrático se não te queresse.

Chamaria de romântico, passional se fosse um crime,
intencional se não fosse desmedido,
irracional se não fosse sóbrio.

Poderia chamar de natural, mas a pupila ainda dilata,
quem sabe banal se não me contesse.

Acontece que chamar de impossível não me agrada,
e chamar de utopia, quem sabe seria irreal.

Chamaria de eterno se não bastasse,
de infinito se não houvesse um começo.

Ousaria chamar até mesmo perfeito,
se isso não tanto te limitasse.

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